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Resenha: À Procura de Audrey - Sophie Kinsella

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Audrey, 14 anos, leva uma vida relativamente comum, até que começa a sofrer bullying na escola. Aos poucos, a menina perde completamente a vontade de estudar e conhecer novas pessoas. Sem coragem de sair de casa e escondida por um par de óculos escuros, a luz parece ter mesmo sumido de sua vida. Até que ela encontra Linus e aprende uma valiosa lição: mesmo perdida, uma pessoa pode encontrar o amor.

Avaliação: ☻☻☻☻☻ (5/5)           336 Páginas          Galera

Esse livro é como um sopro de ar fresco no verão, ou uma limonada quando se está com sede, leve e feliz, mesmo tratando de assuntos importantes.

Audrey era uma ótima aluna, tinha facilidade e frequentemente ia bem nas provas, o que a fez começar a sofrer Bullying por parte de algumas (vacas, nojentas, invejosas que irão morrer de fome do futuro!) colegas, e a situação foi tão pesada que causou traumas na menina. Desde um certo incidente, ela abandonou a escola, não saí mais de casa, tem medo de tudo, e vive com os seus óculos escuros, que lhe dão certa segurança perante o mundo. Audrey sabe que tem que melhorar, ela quer melhorar, mas cada coisa simples parece um passo enorme para ela e para a sua doença, felizmente sabe que pode contar com o apoio da sua família hilária e de um recém chegado a sua vida chamado Linus.
Não vai ser para sempre. Vai ficar no escuro pelo tempo que 
precisar, então vai sair.

À Procura de Audrey é o primeiro livro YA da Sophie Kinsella, geralmente citada pelos seus chick-lits, resolveu se arriscar em um gênero diferente, e sua escrita para os mais jovens lembrou-me a da Meg Cabot, mesmo que essa segunda não costume lidar com temas tão sérios. Na realidade, essa doença da Audrey deixou o livro diferenciado, principalmente pelo fato de ela ser explicada ao longo dele, mostrada, não só citada, o que dá para ver que a Sophie teve uma preocupação em pesquisar, passar algo mais próximo do real, sem contar com o pré-conceito de ninguém, porque foi isso que ela quis evitar ao não mencionar o nome nenhum momento.

Mas mesmo com todo esse clima sério, a Sophie não deixa de lado o seu lado cômico dos chick-lits, e aqui ele tem a função de dar toda essa leveza para história, dar esse ar de felicidade. Ele fica em cargo da família nada normal e serena da Audrey, e chegamos a até gargalhar em alguns momentos, como quando o pai da Audrey erra a idade da mulher e tenta consertar o glacê do bolo.

Eu acho que o que eu percebi é o seguinte, a vida é feita de subidas, e 
então você escorrega, e levanta de novo. E não importa se você escorrega. 
Contanto que você esteja indo mais ou menos pra cima. Isso é tudo o 
que você pode querer. Mais ou menos pra cima.

É emocionante ver a evolução da Audrey durante o livro, como ela vai acontecendo, algumas coisas sem ela perceber, outras por intermédio ou apoio de principalmente o Linus, que acaba surgindo em uma situação que ela não vê quase ninguém e que muitas pessoas desconhecidas não iriam querer se aproximar, e ela conseguiu encontrar o amor - primeiro amor, caso queiram chamar assim pela idade da protagonista. Outra coisa incrível no livro são as mensagens passadas, como "deixe o passado para trás" e "todos tem um gráfico de altos e baixos na vida, ninguém só sobe". 

A capa do livro é linda, totalmente correspondente a história, e o nome também, descobrimos pela boca da própria Audrey, apesar de termos suspeitas sobre durante todo o livro.

Mas são como vórtices também. Infinitos. Ao olhar para alguém 
diretamente nos olhos, sua alma inteira pode ser sugada em um nanossegundo. 
É a sensação que dá. Os olhos dos outros
são ilimitados, e isso me assusta.

Enfim, À Procura de Audrey é um livro simples, mas sério, dotado de uma atmosfera única e leve, que não decepciona, mesmo desagradando alguns por não ser falado em nenhuma parte do livro exatamente o que aquelas vacas meninas fizeram para a Audrey, entende-se que é por ser fiel a sua filosofia de deixar o passado para trás, e mesmo assim, já dá para ter uma ideia do essencial para entender a história.
Beijos
- Kah 

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